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Foto do escritorSonia Cury

E-Prix da Cidade do México: Rowland supera disputa entre Porsche e Andretti para vencer

Com ultrapassagens certeiras, Oliver Rowland aproveitou as brechas na disputa entre Porsche e Andretti para chegar ao topo; Da Costa e Wehrlein completaram o pódio; DS Penske faz corrida quase perfeita



Mesmo com a pole postion de Pascal Wehrlein, neste sábado (11), quem se deu melhor foi Oliver Rowland, que mostrou um forte ritmo de corrida e relembrou a todos de como ele sempre chega silenciosamente para brigar pelo topo. O piloto da Nissan acompanhou de perto a intensa disputa pelas primeiras posições entre Wehrlein, Dennis, Da Costa e Müller.


Após Müller perder um pouco do ritmo devido a situações em pista e estratégia mal executada por parte de sua equipe, Rowland assumiu a posição que antes era do suíço e se fez mais presente nas disputas quando metade da prova já havia sido completada.


Um momento de preocupação se fez presente quando após uma bandeira amarela devido a um incidente com David Beckmann, o safety car entrou na pista e atrapalhou a estratégia da Nissan, pois Oliver havia ativado o Modo Ataque segundos antes e acabou perdendo quase tudo por não poder usar quando o carro de segurança está dentro de pista. Porém, o safety car foi recolhido quando ele ainda tinha 1 minuto de potência extra restante, que foi utilizado como um último suspiro para deixar para trás Da Costa, Wehrlein e Dennis. E deu certo.


Os pilotos de fábrica da Porsche tinham um pouco de energia em mãos sobre Rowland, mas nenhum deles conseguiu obter vantagem conforme as voltas passavam. António Félix da Costa superou o seu companheiro de equipe, Pascal Wehrlein, e ficou com o P2.


Jake Dennis se esforçou muito ao longo da corrida, mas mesmo assim ficou de fora do pódio. Todavia, encarando a situação sob uma ótica mais otimista, ele ficou em P4, conquistando bons pontos para a Andretti e obteve o seu melhor resultado desde o E-Prix de Misano no ano passado.


Com um desempenho impecável, a DS Penske passou despercebida pelo olhar do grande público que se concentrou na briga pelo topo e nas confusões no fundo do pelotão, porém, a Penske foi a equipe que soube melhor como gerenciar os momentos de tensão e consegiu manter a sua dupla de pilotos dentro do Top 10, sempre próximos um do outro e longe de qualquer problema que pudesse impedí-los de marcar pontos.


Ao longo de toda a corrida, a DS Penske soube escolher os momentos ideiais para a ativação do Modo Ataque, assim como JEV e Max tiveram paciência e uma boa leitura da corrida para não comprometer o plano que foi desenhado para eles seguirem. Com isso, eles terminaram a prova em P5 e P6, respectivamente.


Max Günther durante a sessão de classificação no México

(Foto: Simon Galloway/Formula E)


A DS Penske aparenta ser a equipe que mais avançou no entendimento do uso do Modo Ataque nessa fase do Gen3 Evo. Vale lembrar, que agora os carros possuem tração nas quatro rodas, que pode ser utilizada em momentos específicos. Em situação de corrida, a tração só é permitida quando o Modo Ataque está ativado.


Stoffel Vandoorne (Maserati), conseguiu escapar de todos os incidentes ao seu redor para terminar em P7, tendo a companhia de Nyck de Vries (Mahindra) em P8, com Nico Müller (Andretti) e Taylor Barnard (McLaren) completando em P9 e P10, respectivamente.



MOMENTOS DA CORRIDA


Taylor Barnard foi o primeiro a usar o Modo Ataque na volta 3.


Durante a volta 7, a McLaren executou uma estratégia com Barnard e Bird para que Bird chegasse ao Top 10 após fazer a sua ativação de Modo Ataque.


Até a volta 9, nenhum dos nove primeiros colocados ativou o Modo Ataque, enquanto que o fundo do grid optou por ativar mais cedo.


Na volta 13, Nico Müller chegou ao sexto lugar, ficando atrás de seu companheiro de equipe, Jake Dennis. A Andretti fez um jogo tático inteligente, fazendo com que Nico segurasse os pilotos que vinham atrás dele para que Dennis pudesse ativar o seu Modo Ataque sem correr riscos.


Na volta 14, Dennis passou Vergne e começou a pressionar Rowland pelo terceiro lugar. Wehrlein ativou a sua potência extra e manteve a sua liderança, enquanto Da Costa tentava manter Rowland e Dennis afastados. Contudo, o português não conseguiu se segurar por muito tempo, pois assim que Oliver Rowland e Jake Dennis fizeram as suas ativações facilmente eles o deixaram para trás.


Na volta 15, Dennis partiu para cima de Pascal e com uma manobra ousada no Foro Sol, onde posicionou o carro na lateral para uma ultrapassagem rápida e certeira, ele deixou o atual campeão para trás e assimiu a liderança.


Da Costa ultrapassou Dennis na volta 19, após fazer a sua primeira ativação do impulso extra de 50 kW. Müller, também aproveitou para seguir a ideia e conseguiu chegar na quarta posição.


Na volta seguinte foi a vez de Wehrlein reagir, ele passou pela zona do Modo Ataque e foi bater de frente com os carros da Andretti que estavam em seu caminho. Nas voltas seguintes, um jogo interessante de estratégias passou a acontecer entre Porsche e Andretti, como se uma equipe tentasse ler a outra. O problema foi que aparentemente ambas esqueceram dos outros competidores do grid e, com isso, outros pilotos puderam crescer na prova ao irem "comendo pelas beiradas".


Oliver Rowland cresceu absurdamente ao longo da corrida. Nas voltas finais, ele estava novamente dando dor de cabeça para António Félix da Costa, com quem sempre costuma brigar por posição independente do momento de ambos dentro de uma prova.


No meio de tudo isso, o plano da DS Penske era avançar para o Top 5 e entrar de vez na briga pelo pódio, mas tudo foi frustrado quando segundos depois de terem ativado o Modo Ataque, um safety car teve que ser acionado após David Beckmann ficar parado no caminho para a curva do Foro Sol.


Quando a corrida foi retomada na volta 31, Oliver Rowland ainda tinha 1 minuto disponível de potência extra para ir com tudo para cima de seus adversários e se garantir na frente. Assim que o britânico assuimiu a ponta, Evans e Müller se envolveram em um incidente que ocasionou outro safety car.


Quando o carro de segurança deixou a pista na volta 33, já estava mais do que claro que nada poderia tirar a vitória de Rowland e mesmo com os carros da Porsche tendo mais energia, o piloto da Nissan se manteve firme para não perder a liderança e sagrou-se o vencedor da etapa mexicana.



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