E-Prix de Miami: Punições, vitória de Wehrlein e Di Grassi no pódio
- Entre Fórmulas
- 13 de abr.
- 3 min de leitura
Wehrlein herda vitória em Miami após punições a Nato e outros pilotos; Lucas di Grassi garante primeiro pódio da Lola Yamaha ABT

Em um caótico E-Prix de Miami, Pascal Wehrlein usou estrategicamente seu Modo Ataque para ultrapassar o companheiro de equipe, António Félix da Costa, e garantir a vitória após uma uma bandeira vermelha no final da corrida e penalizações subsequentes que alteraram os resultados.
O brasileiro Lucas di Grassi garantiu o segundo lugar, conquistando o primeiro pódio da Lola Yamaha ABT, enquanto Da Costa terminou em terceiro.
Vários pilotos, incluindo o pole position Norman Nato, foram penalizados por não
terem zerado o tempo de ativação do Modo Ataque ao cruzar a linha de chegada. Inclusive, Nato terminou a prova em primeiro lugar, mas foi punido por esse motivo.
Próximo das últimas voltas da corrida, um acidente na pista gerou uma bandeira vermelha e naquela altura alguns pilotos ainda não tinham realizado a segunda ativação de sua potência extra, deste modo, quando a prova foi retomada diversos competidores passaram pela zona de ativação e como alguns deixaram o maior tempo de uso da potência para a segunda ativação, não tiveram tempo de zerar.
NOTA: Muitas equipes dividiram o tempo de modo ataque em 4 e 6 minutos. Sendo que alguns deixaram o tempo de 4 minutos para a primeira ativação e o tempo de 6 minutos para a segunda.
A corrida começou com Nato se mantendo na frente, enquanto Da Costa superava Dennis e De Vries avançando do quinto para o terceiro lugar. Contudo, um pouco depois, o piloto da Mahindra ultrapassou os adversários e assumiu a liderança.
Na volta 5, Nato recuperou o P1, mas continuou sendo pressionado por António Félix da Costa, enquanto o restante do grid disputava posições lado a lado, com três ou até quatro carros em paralelo.
Na volta 11, os primeiros pilotos começaram a ativar o Modo Ataque — recurso que concede 50 kW extras de potência e deve ser usado duas vezes por corrida.
Vandoorne e Nyck de Vries foram os primeiros a ativá-lo e o holandês retornou para a ponta do pelotão no início da volta 12.
Na volta 15, Nico Müller assumiu brevemente a liderança após escalar 17 posições no grid, mas logo Da Costa retomou a ponta. Seu companheiro de equipe, Wehrlein, também avançou e os dois carros da Porsche passaram a comandar o pelotão.
A corrida foi neutralizada na volta 17 com a entrada rápida do safety car, depois que De Vries sofreu com uma breve falha de software e precisou reiniciar o sistema de seu carro para fazê-lo funcionar. Apesar do contratempo, ele conseguiu seguir na prova.
Com a relargada na volta 19, Da Costa partiu para sua segunda ativação do Modo Ataque na volta 21, mas o momento foi infeliz, porque Jake Hughes bateu forte no muro da chicane, envolvendo também Max Guenther e Mitch Evans, o que forçou a paralisação da corrida com bandeira vermelha.
Após a interrupção, a prova recomeçou com uma largada parada e um sprint final de cinco voltas. Da Costa manteve a liderança, com Wehrlein logo atrás, seguido por Mortara, Frijns, Di Grassi, Nato, Bird, Cassidy, Vergne e Müller.
Assim que entraram na zona de ativação de Modo Ataque, mais da metade do grid fez a sua segunda ativação, preparando o terreno para um desfecho caótico e tenso por parte das equipes que torciam para que as voltas finais fossem suficientes para zerar o tempo da potência extra.
Pascal Wehrlein aproveitou o impulso extra de 50 kW e ultrapassou Da Costa na volta seguinte. Robin Frijns também avançou, assumindo o segundo lugar, com Norman Nato logo atrás.
Após boas disputas de posição, devido a velocidade adquirida com a potência adicional e a tração nas quatro rodas, Nato, Wehrlein e Frijns passaram quase lado a lado na linha de chegada, com uma ligeira vantagem para o piloto da Nissan que se impôs na reta final.
Entretanto, muitos pilotos não conseguiram zerar o Modo Ataque antes da bandeirada final e sofreram punições de tempo, o que fez eles perderem posições.
Frijns, Barnard, Bird, Nato e Rowland foram alguns dos pilotos que sofreram uma punição de 10 segundos por terminarem a corrida com o Modo Ataque ativado. Além de outros competidores que também receberam punições por outros incidentes.
Com isso, Pascal Wehrlein (Porsche) ficou com a vitória, seguido de Lucas di Grassi (Lola Yamaha ABT) e António Félix da Costa (Porsche).
No campeonato de pilotos, Oliver Rowland segue na liderança com 69 pontos, seguido por António Félix da Costa com 54 pontos e Pascal Wehrlein e Taylor Barnard empatados com 51 pontos.
A Fórmula E volta a acelerar na rodada dupla do E-Prix de Mônaco nos dias 3 e 4 de maio.
Commentaires