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Foto do escritorSonia Cury

Edoardo Mortara sobre o Gen3: “Mais eficiente, leve e mais potente”

Mortara reforça a importância do piloto trabalhar junto com a equipe e afirma que o Gen3 mostra o progresso da tecnologia de veículos elétricos



Edoardo Mortara está com a Maserati (anteriormente Venturi) desde 2017, sendo um dos pilares da equipe e aquele que todos se lembram quando pensam no time monegasco-italiano.

Em 2023, ele estará se encaminhando para a sua sexta temporada da Fórmula E e com o Gen3 sendo a grande novidade, o piloto suíço falou a respeito do desenvolvimento do carro, testes e pré-temporada em uma sessão de perguntas e respostas da Maserati.


Os testes de pré-temporada, que serão realizados agora em dezembro de 2022, são os mais importantes desde a 5ª temporada da Fórmula E. Você concorda?


Eu concordo completamente. Estamos no começo de uma nova era da Fórmula E, o trabalho que vem sendo feito desde a oitava temporada vai impactar na performance de todas as equipes e moldará o que será os próximos quatro anos.

No automobilismo, largar com o pé direito torna a vida mais fácil e essa pré-temporada é a mais importante dos últimos anos. O nosso trabalho nas temporadas anteriores foi crucial e nos deu a possibilidade de sermos competitivos. Muito desse sucesso depende dos problemas que a equipe está enfrentando, mas a pausa de inverno e os testes definitivamente mudam a trajetória de desempenho do time.


Você tem uma perspectiva única em relação ao carro da Fórmula E, já que pilotou o Gen1, Gen2 e em breve vai estar pilotando o Gen3. Quão diferente é o carro novo?


O Gen3 realmente mostra o progresso da tecnologia de veículos elétricos e definitivamente está a um passo à frente em comparação ao Gen2. O carro vai ser mais eficiente, leve e mais potente, o que é legal, mas as soluções técnicas que estão sendo usadas, definitivamente, são um avanço também.

Como o carro é mais avançado, acaba sendo mais difícil de configurar, especialmente nesse estágio inicial, porque há muitas coisas diferentes para descobrir.

O trem de força (powertrain) dianteiro é uma novidade e isso significa que a regeneração (de energia) é muito diferente, mas temos uma equipe de engenheiros talentosos, o que possibilita que as coisas funcionem a nosso favor.


Edoardo Mortara e Maximilian Günther nas sessão de fotos da Maserati para a 9ª temporada da Fórmula E (foto: Maserati MSG Racing)


Como falado, o carro do Gen3 é completamente novo. Quais são alguns dos desafios que surgem durante o desenvolvimento de um carro que ainda não competiu?


Existem diversas etapas pelas quais o carro passa. No começo, você tem coisas novas a descobrir e rapidamente passa a compreender a direção que precisa seguir para extrair o máximo da performance do carro. Com isso, na etapa final, você faz o ajuste fino.

Como o Gen3 é novidade para todo mundo, estamos em um momento onde tentamos entender o que funciona e o que não funciona.

Na Fórmula E, o desenvolvimento de um carro pode ser dividido em dois:

Hardware, que os fabricantes homologam antes da temporada; software, que é a maior parte do desenvolvimento.

Há milhões de alternativas com o software e os engenheiros e mecânicos passam horas analisando dados para otimizar os nossos sistemas. Essa costuma ser a parte mais complicada. Nós precisamos encontrar soluções pioneiras (para os carros) e há um espaço para inovar por se tratar de uma tecnologia tão nova. Uma vez que a gente encontra as soluções, nós começamos a aprimorar isso.


Trabalhar no desenvolvimento de um carro novo, é algo que como piloto você gosta de fazer?


Sim. Quando você está nos estágios iniciais de desenvolvimento de um carro de nova geração, na minha opinião, a contribuição do piloto é extremamente importante, porque isso servirá como um guia para a linha de desenvolvimento que a equipe precisa seguir.

Como piloto você pode dar luz ao que está dando certo e o que não está, o que pode ser otimizado e evoluído. Aprimorar esse desempenho do carro trabalhando de perto com a equipe é algo que pra mim é muito gratificante.


Esse será o seu sexto teste de pré-temporada na Fórmula E. Com base nas suas experiências, o que para você é um teste bem sucedido?


Um teste de pré-temporada promissor é na verdade bem simples de identificar.

Em primeiro lugar, você quer ser competitivo nas voltas rápidas, que é o que fazemos durante a classificação. Em segundo lugar, você quer ser rápido nas voltas chave, que são as que fazemos nas corridas.

Você quer que o carro tenha uma boa confiabilidade, o que por se tratar de um carro novo, é muito importante. Mesmo se você for rápido, tendo pouca confiabilidade você não vai conseguir se sustentar na corrida.

A pré-temporada vai ser um bom parâmetro para a gente examinar o nosso desempenho e começar a olhar para os nossos adversários.

Nós trabalhamos muito durante a pausa da categoria e se continuarmos fazendo o que estamos fazendo, eu acredito que seremos competitivos e poderemos aprimorar o que temos quando a nova temporada começar no México.





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