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Fórmula E No Brasil: Pilotos e chefe de equipe da McLaren falam sobre o E-Prix de São Paulo

Coletiva realizada na sede da McLaren em São Paulo contou com a presença dos pilotos Jake Hughes e René Rast, assim como o chefe de equipe Ian James




Nessa quinta-feira (23), a McLaren realizou uma coletiva de imprensa na sede da equipe em São Paulo com Jake Hughes, René Rast e Ian James.

Em um papo descontraído, os membros da equipe falaram sobre a emoção de correr no Brasil, o avanço da Fórmula E e como a McLaren conseguiu estrear em alto nível.


Reunidos no andar superior da sede da McLaren em São Paulo e cercados de carros da marca, os presentes puderam se acomodar confortavelmente pelo salão.

Devido ao caos na cidade com a greve do metrô e outros eventos da Fórmula E ocorrendo ao mesmo tempo, a coletiva foi quase intimista, contando com cerca de 12 jornalistas, o que foi algo único, já que essa foi a única ação com a imprensa por parte da McLaren fora do Sambódromo do Anhembi.


O papo começou com uma pergunta voltada para a transição da Mercedes para McLaren, uma vez que a equipe papaya comprou toda a estrutura da marca alemã. Ian James, que foi o chefe de equipe da Mercedes na Fórmula E, assumiu o mesmo cargo na McLaren e foi o responsável por deixar a casa organizada antes do começo dessa nova temporada.


“Uma das coisas que mais garantiu o sucesso era que nós enquanto Mercedes tínhamos que dar nosso máximo, mesmo sabendo que tudo iria mudar com um novo trem de força e novos membros no time. O principal era manter a estabilidade e recebemos muito apoio para essa transição tanto do lado da Mercedes, quanto da McLaren. Nós temos uma ótima fábrica no centro de tecnologia da equipe e o Zak Brown tentou ao máximo manter os membros que vieram da Mercedes nos cargos que eles já atuavam. Então, o que tivemos que fazer foi alinhar a nossa visão, focar na confiança de que mesmo com as mudanças nós iríamos nos colocar em uma posição para brigar por pontos e pódios”, disse Ian James.


Quando perguntados sobre o Gen3 e as diferenças em comparação com o Gen2, os pilotos falaram bastante sobre a eficiência do carro e que ainda tem muito potencial a ser explorado.


“Esse carro tem 20% de eficiência a mais do que o Gen2. O fato de que agora nós temos trem de força na parte traseira e dianteira do carro tem feito uma grande diferença na performance e nós ainda estamos descobrindo o que podemos fazer”, contou Jake.


René Rast, que correu pela Audi durante o Gen2, comentou sobre como o começo da geração anterior também foi bastante desafiador, mas que aos poucos as equipes conseguiram extrair o máximo da performance do carro.


“Esse carro ainda está no começo. Ele é mais veloz, mas ainda não conseguimos explorar tudo já que estamos nos adaptando aos novos sistemas, nova forma de pilotar e quanto mais a gente corre, mais coisas descobrimos. Assim como levou um tempo para atingir o máximo de performance do Gen2, estamos no mesmo caminho com o Gen3 e em algum momento chegaremos ao máximo do que ele pode entregar”, disse.


Jake Hughes após a coletiva de imprensa na sede da McLaren em São Paulo (Foto: Sonia Cury/Entre Fórmulas)


Um dos principais desafios é elevar a performance, mas sempre mantendo a segurança dos pilotos. Os pneus tem sido um dos principais desafios, já que por ser mais robusto, peca um pouco na aderência. Desde que a nona temporada se iniciou, os pilotos tem tentado novas técnicas e os avanços estão acontecendo gradualmente. É interessante notar como alguns que começaram apagados nas primeiras corridas do calendário, estão passando a aparecer mais vezes dentro das primeiras posições, seja na classificação ou na corrida, como é o caso de Jean-Éric Vergne e até mesmo Maximilian Günther, que está começando a se destacar mais na classificação.


Depois do tópico sobre o Gen3, foi possível saber mais sobre os membros da equipe. O Entre Fórmulas perguntou ao Jake Hughes como ele se envolveu com a Fórmula E e como foi quando ele recebeu a notícia de que seria piloto da McLaren.


“A primeira corrida da Fórmula E que eu estive foi na quinta temporada e fiquei encantado com a forma em como todo o evento da FE acontecia, o fato de poder dirigir nos centros das principais cidades do mundo era empolgante, a atmosfera era louca e eu coloquei na minha cabeça que eu queria correr na Fórmula E um dia. Uns dois anos depois disso, eu comecei a trabalhar como piloto reserva, mas a minha prioridade era chegar no grid titular da Fórmula E. Quando eu recebi a ligação do Ian dizendo que eu seria o piloto da McLaren foi simplesmente incrível”, contou Hughes.


O piloto foi levemente interrompido por Ian James, que fez questão de que ele contasse a situação inusitada em que se encontrava no momento da ligação.


“Eu atendi a ligação enquanto estava andando a cavalo, ele me deu a notícia e logo depois disse: Ei, espera. Você tá andando de cavalo?”, Jake disse imitando o jeito de Ian falar, o que arrancou risos de todos os jornalistas presentes. “Eu estava de férias na casa de um amigo e foi uma das melhores sensações que eu senti ao saber que eu finalmente estaria onde eu queria estar e sendo parte da McLaren. Foi muito especial.”


A passagem por São Paulo, marca a primeira vez dos dois pilotos no Brasil (Foto: Duda Bairros/McLaren São Paulo)


Quando o assunto mudou para o E-Prix de São Paulo e as expectativas de correr no Brasil, que é bastante conhecido pela sua energia e paixão por automobilismo, os pilotos da McLaren desataram a falar sobre todas as referências que tinham dentro e fora do esporte a motor, citaram os colegas pilotos que já correram no Brasil e que sempre voltavam cheios de histórias para contar sobre o carinho do público.


“Para mim é algo que eu estava muito ansioso desde que eu soube que São Paulo estaria no calendário. Eu sempre me surpreendo com os fãs nas redes sociais, muitos brasileiros me mandam mensagens de apoio, falam que estão animados para nos ver aqui no Brasil. Foi assim que eu percebi o quão apaixonado por automobilismo os brasileiros são. É incrível poder estar aqui para correr com a Fórmula E”, comentou Hughes.


“Para mim, eu comecei a notar (como o público brasileiro é) com a Fórmula 1. É uma sensação única estar aqui e ver as ruas com homenagens ao Ayrton Senna. Eu gostaria de poder ir em Interlagos só para sentir a atmosfera que é pisar naquele lugar. Infelizmente, não teremos tempo, mas eu irei voltar de novo. Mas eu sei que esse final de semana vai ter bastante gente, que as pessoas são animadas e eu não vejo a hora de poder sentir toda essa energia e ver os fãs”, disse René Rast.


O E-Prix de São Paulo acontece nesse sábado, 25 de março, no Sambódromo do Anhembi. Os portões abrem às 7:00 da manhã para o público e o dia será repleto de atividades tanto dentro como fora de pista.


Você pode conferir todos os horários aqui.


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